neděle 4. března 2007

no silêncio da cidade da música

por todo o lado somos confrontados com a maria tereza é um nome que no final oiço já ecoar na minha cabeça. a matriarca, mãe de vários príncipes todos eles ricos e com mortes prematuras. e o Franz Rudolf? o príncipe, o rei… a realeza os tesouros, a grandiosidade de uma história com um final de mortes e suicídios. apesar de tudo gostaria de encontrar a vida dramática de Mozart ou Bethoveen, apenas encontro um Goethe grande e perdido no meio de umas obras.

Palácio de verão, palácio de Inverno, igrejas ricas e tesouros da mesma qualidade. tudo parece intocável e asséptico. é fácil imaginar aquela vida regrada e normativa da família real. é fácil imaginar as festas e os bailes. Imaginar toda a ostentação que vemos nos filmes sobre a princesa Sissi.

procuro um outro lado, toda aquela azáfama de uma classe pobre mas culta. procuro a vida do povo nas ruas e tudo à minha volta são euros a mais para a minha bolsa. um mundo intocável e abstracto onde a beleza se traduz na grandiosidade de um edifício ou monumento em que ainda nos sentimos mais pequenos. nem o romantismo de um coche puxado por bonitos cavalos brancos aquece a atmosfera. tudo vazio. sem vida. sem afectos.

já de regresso a casa, o acordeão de um pedinte, numa melodia arrastada e triste me traz o encanto daquela que se diz a cidade da música onde ela está também tão ausente.

não vi o danúbio sem ser na viagem não visitei o museu de Freud nem o Leopold Museum não estive no Zentralfriedhorf perto das campas da gente importante não andei de bicicleta não comprei chocolates finos não ouvi uma verdadeira ópera não me sentei num banco de jardim.
talvez tenha razões suficientes para voltar, a Viena. talvez!

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