neděle 18. února 2007

elas andam aí!


notas de 1000 coroas passeam-se calmamente pela cidade...
será uma alucinação?

a cidade mais ou menos

a cidade mais ou menos fica nem muito nem pouco perdida no meio da Eslováquia. é uma cidade nem bonita nem feia nem deslumbrante nem indiferente nem cativa nem repugna. está sempre no ponto mediano de todos os opostos no meio de todas as virtudes sem se encontrar a sua virtuosidade própria.

a cidade mais ou menos chama-se Bratislava. passeando pelas suas ruas das zonas mais modernas poderíamos estar em qualquer parte um pouco mais degradada de qualquer cidade. os prédios altos e as construções modernas insistem em aparecer daqui a dali tentando a afirmação pelo titulo de capital.

o centro histórico nem muito fácil nem difícil de encontrar reserva surpresas a quem se deixa absorver pelo ambiente de qualquer coisa que se vive. os palácios e construções de arquitectura característica da europa central de linhas mais direitas ou mais arredondadas de inegável beleza por se encontrarem entre a simplicidade e o pormenor trabalhado e inesperado.

as casas não estando em risco de ruir pedem melhor conservação e os jardins não sendo mal cuidados pedem melhor arranjo.

ao cimo pode ver-se a construção que não sendo um palácio e não parecendo um castelo o é na realidade. subindo-se ao castelo ve-se o rio danúbio. a vista essa não condiz com a cidade, é belíssima. sobre a ponte de Bratislava encontra-se um restaurante que lembra a torre vasco da gama ou uma nave espacial. inclassificável!
descendo de novo à cidade baixa é tempo de encontrar mais algumas igrejas. na rua principal estão várias que divergem nos estilos e nas cores. espera-se um cenário interior diverso mas infelizmente é sempre o mesmo a desolação pelo que está depois da porta. as estátuas nascem por todo o lado procurando encontrar uma atmosfera única que se persegue sem sucesso. ainda há algum tempo para espreitar o palácio imperial, hoje residência presidencial. de grandes dimensões e de grande brancura surge do meio das estradas cheias de carros que andam apressados. à sua frente a fonte sem água com um globo e os jardins com ervas desdizem a importância do palácio.
procurando voltar ao centro que não é bem no centro está o portal da cidade que se dissimula na paisagem. Não sendo imponente é agradável o ambiente que por ali se instala.
os sorrisos eslovacos acompanham o passeio que se faz em poucas horas.

o ideal é terminar com um strudel de cereja ou na chocolataria comendo trufas e bebendo chocolate quente. os tons vermelhos da decoração e as luzes recordam a época natalícia que já passou. na cidade do mais ou menos nem passou nem passará.

a cidade do mais ou menos deixa-nos um sorriso nos lábios no regresso a casa. sem muito e sem pouco voltamos a pensar nos pequenos recantos e nas pequenas coisas que se descobriram. a cidade do mais ou menos pode estar silenciosa mas continua a lutar por afirmar a presença que já existe.